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Foto do escritorLucas Garcia

Argentina, a Venezuela do Sul


Disclaimer: todas as críticas e falas presentes neste texto são diretamente feitas aos Governos Argentinos.


A Argentina tem se consolidado cada vez mais como “Venezuela do Sul” e isso não é à-toa.

Mas como pode um país que já teve o maior pib per capita do mundo e, consequentemente (mesmo que por um breve período), chegou a ser, em 1896, a 6º maior potência do mundo, acabar com um título desses?

Para responder isso de maneira resumida, podemos voltar para 1912, momento em que foram criadas diversas “reformas” sociais e econômicas que levaram ao aumento do Estado argentino, transformando-o em um Estado assistencialista, ainda mais parasitário, com políticas populistas que consequentemente levaram a uma crise econômica que se agravou com a 1ª Guerra Mundial.

Com isso, a Argentina continuou pelo mesmo caminho, repetindo as mesmas políticas populistas e aumentando o tamanho da máquina estatal, por consequência, acabando com as liberdades econômicas que um dia a fez ser a 6.ª maior potência do mundo…


Historicamente a Argentina acumula um total de 9 calotes mundiais. Basicamente, para o Estado se sustentar é necessário vender algo que chamamos de “títulos de dívida”, deste modo, o país consegue pegar dinheiro internacionalmente fazendo uma certa dívida. Como preço deste “financiamento” temos os juros que o Estado paga para as pessoas que estão “emprestando” o dinheiro para o país.

Logo, para exemplificar, digamos que você tenha emprestado uma quantia X para o Governo Argentino e ele se propôs a pagar X+Y de juros daqui a 2 anos.

O calote consiste justamente em não honrar essa dívida que o Governo Argentino fez com você.

Resultado deste tipo de escolha?

Talvez você não saiba o significado do termo “inflação”, mas essencialmente ela é a consequência da expansão da base monetária de um país (impressão de dinheiro) que leva a desvalorização da moeda local e consequentemente ao aumento generalizado de preços.

Resumindo, o Estado novamente fez merd* na economia, alguém precisa pagar por isso e você caro cidadão, pagará isso através de algo que chamamos de imposto inflacionário, ou simplesmente o seu poder de compra é diminuído consistentemente.

Para exemplificar, se você no início de 2019 quisesse comprar 2 Iphones, você pagaria 20 mil pesos argentinos, porém, se no início de 2020 você quisesse comprar os mesmo 2 Iphones, teria que desembolsar mais de 30 mil pesos argentinos.

A título de comparação, a Argentina teve uma inflação mais alta no ano único de 2019 do que se juntarmos toda a inflação acumulado no Brasil de 2011 até 2019.

Sendo bem sincero, essa inflação da Argentina de 2019 é bastante questionável. Não que devesse ser menor, mas sim muito superior ao que dizem os números oficiais, já que, durante o governo da presidente Kircher, houve um “apagão de dados” e até mesmo a criminalização dos dados relacionados a inflação no país… (importante ressaltar que Kircher é a atual vice-presidente do país).


Apesar de tudo isso a Argentina ainda não aprendeu e continua repetindo as mesmas coisas que nunca deram certo: sempre com aquele pensamento do “agora vai”. Existe até mesmo uma piada entre os economistas que diz que “existem 4 tipos de economias, as desenvolvidas, as em desenvolvimento, a Argentina e o Japão”.

Atualmente com a pandemia, a Argentina conseguiu enlouquecer ainda mais com anúncios de controle de preços, o famoso imposto sobre grandes fortunas, uma das maiores quarentenas do mundo…

Resultado de todas essas decisões ilógicas?

O fato da coca-cola estar transferindo sua sede regional para o Brasil já demonstra o quão ruim é a situação da Argentina…

Outro importante ponto a ser destacado é a proposta idiota de taxar grandes fortunas. Uma ideia que anualmente aparece no Brasil e semanalmente na Argentina também possuí seus efeitos:

Estima-se que o patrimônio médio dessas 13 mil pessoas seja de 3 milhões de dólares - o que totaliza uma fuga de cerca de 39 bilhões de dólares para o Uruguai, que possui um PIB de 60 bilhões de dólares.

Exatamente isso, pessoas produtivas do povo argentino estão cada vez mais cansadas de todas essas lambanças que o Governo está fazendo… O Uruguai, diferentemente do Brasil, busca cada vez mais, tratar melhor essas pessoas e atraí-las para seu país.


Por consequência direta de todas essas políticas e decisões tomadas pelo Estado Argentino, principalmente nos últimos anos, a pobreza na Argentina chegou a uma taxa de 40,9% da população apenas no 1º semestre.

Realmente estão cada vez mais próximos da tão sonhada “igualdade de renda” no país, assim como é na Venezuela com 80% de sua população em extrema pobreza.


Existe um ditado bastante interessante sobre a Argentina e o Brasil: enquanto o Brasil espirra a Argentina já está com pneumonia.

Esse ditado é claramente verdade, como vimos em todo o texto.

Sempre achei hilário toda a idolatria que muitos de nós, brasileiros, tendemos a ter com relação à Argentina. Talvez muito disso seja devido à toda a campanha que alguns governantes passados fizeram do país, transformando-o em um ideal a ser seguido... Talvez seja principalmente a inocência do brasileiro que, ao invés de buscar, como diria Kant, sua emancipação através do estudo (história), tende a se concentrar em dizer que o norte-americano não sabe geografia…

Para finalizar, gostaria de chamar a atenção para o Brasil. Nunca chegamos a ter uma real liberdade. Na verdade, a pouca que temos, está cada vez mais sendo ceifada.

Se não quisermos ser uma Argentina, Venezuela ou Cuba da vida, precisamos começar buscar liberdade econômica e social.


Escritor: Lucas Garcia

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Originalmente publicado:lucasgarciajornada.com

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