Existem algumas situações que passamos com um estranho poder de nos mostrar uma nova perspectiva do que é viver. Situações difíceis como essas, de quando em quando, geram alguma mudança na nossa pessoa, personalidade e hábitos.
Como muito já citado em outros artigos, os antigos filósofos estoicos, pregavam o pensamento de aceitarmos as coisas que não temos controle e voltar nossa atenção para as coisas que temos controle.
Em outras palavras, por que reclamar que o sol nasce todos os dias se nunca poderá mudar isso?
Hã, meu pensamento do "é o que é", se baseia nessa parte da filosofia estoica e em situações que ocorrem ao longo das nossas vidas.
Uma exemplo de uma dessas situações é quando nos sentimos no fundo do poço. Não qualquer poço, mas um que parece não ter fim.
Para qualquer lado que olhamos, não aparenta haver solução para resolver nossos problemas. Tudo que há, é uma imensa e densa escuridão misturada a água com lodo e muitos insetos.
Até mesmo deixar de existir, parece ser um pouco mais agradável do que ter que sobreviver em situações como essas.
Acredito que, após passarmos por esse perigoso vale, onde até a esperança nos traiu, o pensamento "é o que é" começa a fazer sentido.
Basicamente, pensar na maioria das coisas como "é o que é", significa aceitar a realidade de forma não ansiosa, lembrando que independente de tudo, qualquer coisa é menos pior do que o mar de escuridão onde estávamos e sempre poderemos tentar mais uma vez.
Trazer as lembranças de quando comemos insetos e bebemos água com lodo durante nossa estadia no maravilhoso hotel do fundo do poço, floresce a lembrança de que coisas piores já aconteceram e, ficou tudo bem.
Associando isso e a possibilidade de podermos tentar mais uma vez, coisas que outrora nos preocuparam, torna-se corriqueiras.
O desesperador medo de cometermos um erro, se transforma em algo aceitável, já que é assim a foma como aprendemos.
O medo de perder algo, torna-se quase inexistente, visto que, já tivemos a experiência de nos perder algumas vezes.
O sufocante sentimento de impotência diante algumas situações da vida, se transformam e coisas banais como o nascer do sol impossível de ser alterado.
Esse é o pensamento "é o que é". Aceitar a realidade de forma não ansiosa e lembrar que sempre poderemos tentar mais uma vez.
Confesso que, costumeiramente tendo a esquecer desse pensamento. Entretanto, sempre que sinto muitas coisas dando maquiavelicamente erradas, ele se instaura mais uma vez em minha mente, lembrando que "é o que é".
Obrigado por ler!
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Escrito por: Lucas Garcia
Originalmente publicado: lucasgarciajornada.com
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