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Foto do escritorLucas Garcia

Não Entra em Pânico

Ao longo da nossa vida é fato que vamos nos deparar com diversas situações difíceis de se lidar.

Diante de uma dessas situações somos tomados por nervosismo, medo, preocupação e entramos em pânico perdendo a oportunidade de fazer algo.

Muitas pessoas simplesmente paralisam diante do medo.


Apesar dessas situações que descrevo, parecerem estar se referindo a perigos como um ataque de um animal raivoso, alguém tentando te machucar, ou qualquer outra coisa que te ponha em uma situação de vida ou morte... Também faço referência a situações corriqueiras que podem nos proporcionar um sentimento parecido com o de lutar ou fugir.

Afinal de contas, existem diversos problemas durante a era do humano moderno que nos colocam em estado de pânico e assim, nos paralisa.


Imagine um aluno que passou os últimos 6 meses estudando diariamente por pelo menos 6 horas para realizar um vestibular importantíssimo que poderá proporcionar a entrada dele, na faculdade de medicina mais cobiçada do país.

É o sonho dele, passar em medicina.

Sempre foi o sonho dos pais dele, que ele conseguisse entrar nessa faculdade.

Toda a família dele está ansiosa pelo resultado desse vestibular.

Finalmente, o dia e hora do vestibular, chegaram. É o momento para ele colocar às 1098 horas que ficou com a cara nos livros e assistindo vídeo aula.

Nada pode dar errado.

Ele chega 1 hora mais cedo do que o necessário. Está com pelo menos 5 canetas e ainda conta com a extra de um amigo que ficará na mesma sala que ele durante a prova.

Durante o tempo de espera, ele decidiu dar uma última checada em matemática, matéria que ele tem mais dificuldade, e assim estar 10x mais pronto para resolver qualquer coisa que o mundo jogar nele.

As provas estão sendo entregues. Aquele amigo que poderia emprestar a caneta para ele, por poucos minutos, não perdeu a prova e assim o sonho de fazer medicina dele também se foi.

"— Ele deve ser maluco para ficar tão calmo mesmo tendo chegado tão atrasado", pensou nosso aspirante a cirurgião ortopédico.

Ele está com a prova na mão. Começou a escrever seu nome. Agora o sobre nome. Por algum motivo, escrever o sobre nome lembrou a família dele. Todos os tios, tias, primos, primas, mãe, pai, irmão.

"— Todos eles estão confiando que eu vou passar, mas, e se eu não conseguir?", dúvidas começaram a surgir na de nosso amigo.

"— Não, espera, concentra vamos para a prova", ele tenta focar e começa a ler as primeiras questões da prova.

"— Droga, logo de cara matemática? Geometria analítica? E-eu n-ão sei com resolver isso", o desespero começa a tomar conta. A matéria que ele tem mais dificuldade misturado a algo que ele nunca conseguiu entender. O que ele dirá para os pais?


Nosso amigo estava soando frio. Tudo parecia estar, hora em câmera lenta hora acelerada. Tudo que ele conseguia visualizar era a cara de decepção de todos que acreditaram nele.

Ele simplesmente entrou em pânico com o que aquilo poderia representar. Ele estava tão envolto naquela atmosfera que só percebeu o tempo passar, quando seu amigo levantou para entregar a prova e saiu.

Das 6 horas de prova, ele passou 5 horas e meia, apenas paralisado sem fazer nada.


Essa história, pode não estar ligada ao ato literal de vida ou morte, porém, para o nosso amigo que carregava o sonho dele e não poderia decepcionar toda sua família que sempre confiou e o apoiou, era uma dessas situações.

De fato, cada um de nós, vai experiência algo assim. Mas, o que podemos fazer para não ficarmos paralisados diante do pânico?


Por mais idiota que esse "conselho" vai parecer, coloque na cabeça a prioridade: "não entrar em pânico".

Todo problema, situação ou qualquer coisa, pode ser resolvida. Entretanto, para isso acontecer, o cérebro pensante precisa estar consciente.

Se nosso amigo não tivesse entrado em pânico, ele teria percebido que a questão que envolvia geometria analítica era apenas 1. Ele poderia ter simplesmente feito o óbvio e pulado para a próxima.

Porém, quando estamos em pânico, o óbvio que seria facilmente resolvido pelo nosso cérebro pensante, fica completamente insolúvel.


Outro problema de entrar em pânico é que, geralmente, um estímulo exterior precisa acontecer, para nos tirar desse estado. Foi o amigo do nosso personagem que, ao levantar e entregar a prova, provocou um estímulo e trouxe ele, parcialmente, para a realidade.

Ou seja, a única coisa que vai se aplicar para qualquer ser humano para começar a resolver essas situações complicadas é:


NÃO ENTRAR EM PÂNICO.


Escrito por: Lucas Garcia

Originalmente publicado: lucasgarciajornada.com

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