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Foto do escritorLucas Garcia

Ofensa, a arte de se queimar


Acredito que, em algum momento de sua vida, você tenha utilizado a frase “isso me ofendeu” ou alguma variante dela. E se eu te disser que, da perspectiva estóica, não existe sentido em você se ofender?

Baseando-se nesse pensamento, existem duas hipóteses bem simples para uma situação em que alguém tenta te ofender:

1. Você é aquela coisa que alguém falou de você;

OU

2. Você não é.


Isso significa que se alguém lhe diz “Filho da put*”, você precisa questionar mentalmente levantando às duas perguntas: “minha mãe exercia esse trabalho? ou não?”, se sua resposta for sim, por que você está irritado com a verdade? Se sua resposta for não, por que você está se irritando com a mentira?

Novamente, se alguém tenta me ofender dizendo: “você é um adolescente, não sabe de nada”, a única coisa que passaria em minha mente é “ótimo, essa pessoa enxerga”. Basicamente, de todas as maneiras, ou a pessoa estará falando a verdade, ou uma mentira - mas se mesmo assim você se sentir ofendido?


Isso me leva a outra pergunta: de quem é sua paz de espírito? Sua ou de outra pessoa?

De certa forma, quero saber se é você o decisor de seus próprios sentimentos. É neste pensamento que Epicteto, um estóico grego antigo, escreveu as seguintes palavras: “Lembre-se: não basta ser agredido ou insultado para ser ferido, você deve acreditar que está sendo prejudicado. Se alguém conseguir provocá-lo, perceba que a sua própria mente é cúmplice da provocação.”

Em outras palavras você só se ofende se deixá-lo ofender, caso contrário seguirá sua vida como se nada tivesse acontecido.


Agora, sendo franco, você já tentou ofender alguém? Se sim (o que é bem provável), acredito que isso revele muito mais sobre você do que sobre a pessoa da qual você está falando.

Existe uma frase de um autor desconhecido budista que diz: “ofensa é uma brasa que você atira nas pessoas para queimá-las. Você até pode conseguir queimá-las. Talvez consiga. Mas em 100% das vezes você acaba queimando sua própria mão.”

E com esse texto gostaria de fazer você refletir: por que você se ofende?

Por fim, por que você gosta tanto de se queimar?


Escritor: Lucas Garcia

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Originalmente publicado:lucasgarciajornada.com

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